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Seu backup PostgreSQL está realmente seguro?

By 21 de julho de 2025Institucional

Se você administra ambientes com PostgreSQL, provavelmente já ouviu (ou disse) a famosa frase: “Fica tranquilo, tem backup!” Mas aqui vai uma verdade incômoda: backup que nunca foi testado, não é backup. É só uma aposta.

Neste artigo, vamos mostrar por que testar o restore é tão,ou mais, importante quanto fazer o backup em si, e como você pode começar a implementar uma rotina confiável de testes no seu ambiente PostgreSQL.

Por que testar o restore é mais importante do que você imagina?

No dia a dia, confiamos em rotinas automáticas de backup, seja via pg_dump, pg_basebackup, snapshots de disco ou ferramentas de terceiros. Mas só há um jeito de garantir que tudo isso vai funcionar quando você mais precisar: fazendo testes regulares de restore.

Veja alguns motivos bem práticos:

  • Backups podem falhar silenciosamente
    Um erro de permissão, falta de espaço, corrupção de arquivo, ou até um comando mal parametrizado. Tudo isso pode acontecer, e geralmente só descobrimos quando já é tarde demais.
  • Simular o pior dia da sua vida é a melhor forma de se preparar para ele
    Restaurar um backup sob pressão, com sistemas fora do ar e clientes esperando, é um pesadelo. Testar isso antes, com calma, reduz drasticamente o tempo de resposta real.
  • Evita surpresas com versionamento e retenção
    Será que o backup de 7 dias atrás ainda está disponível? Ele é compatível com a versão atual do PostgreSQL? Testar garante respostas concretas.
  • Atende auditorias e boas práticas de segurança
    Em tempos de LGPD, ransomware e ISO 27001, ter um processo de restore documentado e testado regularmente é mais do que uma boa ideia, é um item obrigatório em muitas organizações.

Como implementar uma rotina de testes de restore no PostgreSQL?

Algumas boas práticas para começar:

  • Automatize quando possível
    Scripts com pg_restore, pg_basebackup e restore de WALs podem ser agendados em ambientes isolados, sem risco ao ambiente de produção.
  • Teste cenários variados
    Faça restores pontuais (ex: só um schema ou tabela), restores completos e até simulações de desastres em servidores diferentes, para treinar a equipe.
  • Documente tudo
    Cada teste deve ter registro de data, tipo, tempo de execução e resultado. Isso serve tanto para controle interno quanto para compliance.
  • Monitore o tempo de recuperação (RTO)
    Saber quanto tempo você leva para restaurar o banco ajuda a definir expectativas realistas e ajustar sua estratégia de alta disponibilidade.

Conclusão

Backup é só metade da história. A outra metade é saber com certeza que ele pode ser restaurado e vai funcionar quando mais importa.
E isso só acontece  com uma rotina de testes reais, frequentes e bem documentados de restore.

Se você cuida de ambientes PostgreSQL, não espere a próxima falha para descobrir que seu backup não serve pra nada. Teste hoje. E durma mais tranquilo.

Se você quer aprofundar o assunto, com exemplos práticos, assista a nossa live do #CaféComPostgres Backup/Restore!

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